sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
EU VESTIA NELA A MINHA CAMISA FAVORITA
Pedro Gabriel Ferreira
Garanhuns, janeiro de 89
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
A SOCIEDADE ESCARLATE
Heitor de Albuquerque
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Finalmente (A VIRGINDADE ARRANCADA AOS CHUPÕES)
A VIRGINDADE ARRANCADA AOS CHUPÕES
Tortura-me um desejo: acender tua vela/ os olhos furados pela beleza que é a discórdia/ toda essa baixaria que é apaixonar-se/ são cicatrizes, teus pelos pubianos/ queria o sopro da vida de Deus a excitar Adão/ calar teus verbos com humilhação/ Tudo isso, amor, é transferência/ (explica a psicanálise)/ Sou Edipiano, tu és minha Jocasta/ teu diário é o puto do meu pai/ Assim de longe isso parece pieguice/ Esqueceste tuas seringas debaixo dos meus lençóis/ manchados da nossa lama/ Aqueles dias parecem mais claros/ Você fodia quieta quando estava bêbada/ ou o silencio cortava a vergonha de quem não sabia nada/ Amaciaste as carnes da minha inocência/ com a violência dos vividos/ Da alma pequena brotou o fungo da paixão/ O Amor só te fode no rabo/ Se soubesses o quanto eu chorei terias se divertido mais/ Hoje em dia tenho ânsias quando lembro que acreditei naquela velha ideologia nascida das bocetas mau-comidas de princesinhas alvas/ Do romance à psicose:/ se pudesse ver-te novamente, ah!/ te sodomizava/ (vingança)/ Mas ainda assim gozaríamos/ juntos.
Heitor de Albuquerque