Alberto Cigano constelada vagina
para o Nada
(todas as tardes cabem numa tarde se adivinhas
o secreto óvulo das primaveras)
Cigano, harpa de sombras
ensina-me um pecado original nessa tua pedagogia suave
de adolescências depiladas dividindo
o dorso das horas
Te testo, Cigano, com meus seis instrumentos &
esqueço
um brinco no banco do teu carro
Cigano, mi soledad florece.
ah, beber tua boca na minha taça
de gardênias, Cigano, deus-cadela
- manhosa que só ela.
Soberba de la Flor, num espelho de banheiro, outono de 1979.
quinta-feira, 12 de março de 2009
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Soberba e a imagética desvairada; mistura de neurose e lirismo como nenhum outro(a) desde woolf; Soberba, queremos cada um dos teus cantos, essa polifonia histérica das mulheres loucas e dos travestis sãos, esse confessionismo barato que encanta nossos corações carentes de afeto e fraternidade; Soberba: cativas este crítico com tua falsa sinceridade de poeta.
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