quarta-feira, 18 de março de 2009

The world don't give a shit mas eu canto

Golfo de espelhos & escrotos guaiamuns/ seda de bruços no chão da perdida inocência contudo/ não pasto nos grandes prados do visível - minha defensiva caligrafia suspeita que tempo nenhum será
jamais inoceânico.
"Estou vivo e escrevo sol."
Meninas banham as pernas/ no lago humilde de minhas palavras & insisto
que não me procures nunca os pés do oráculo.

Um comentário:

  1. A poesia que luta, que fustiga, que insiste apesar do mundo que não a escuta e não a entende: projeto picariano ante à burrice acadêmica e moralista. O poeta que geme, que canta, que "está vivo e escreve o sol", apresentando todo o novo e o genial, relutando a pastar "nos grandes prados do visível" - e do previsível. As meninas que banham as pernas nos levam às palavras especialmente selecionadas, de artífice; mas jamais procure o poeta picariano aos pés do oráculo, pois ele sempre estará com o oráculo em sua voz.

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